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Ao infinito e além: estudante de 20 anos que descobriu 5 asteroides para a Nasa sonha inspirar outras meninas na ciência

Ao infinito e além: estudante de 20 anos que descobriu 5 asteroides para a Nasa sonha inspirar outras meninas na ciência

Ao infinito e além: estudante de 20 anos que descobriu 5 asteroides para a Nasa sonha inspirar outras meninas na ciência

No Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado neste domingo (11), Mariana Milena Prado de Sá, que é aluna de engenharia mecatrônica da Universidade Federal de Uberlândia, cita suas pesquisadoras favoritas e presta homenagem à mãe.

Augusta Ada Byron King e Mariana Milena Prado de Sá estão há mais de 200 anos de distância uma da outra.

Enquanto Ada se tornou uma das maiores cientistas do mundo ao desenvolver o primeiro algoritmo de programação – quando os computadores nem sequer tinham sido criados, Mariana se inspira na pesquisadora para traçar sua jornada na ciência.

Usando apenas o computador, a estudante da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) , de 20 anos, observou um asteroide que ainda não havia sido catalogado, tendo o trabalho reconhecido pela Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (Nasa).

“A gente recebe pacotes com quatro imagens cada e analisa várias vezes. Nós temos que observar algum corpo que se movimente quatro vezes em trajetória retilínea”, explicou Mariana ao g1 sobre a caça aos asteroides.

Todo o conteúdo recebido passa por uma análise que é feita por um software. Contudo, segundo a jovem, nada substitui a capacidade analítica do olho humano e, por isso, a Nasa sempre conta com a ajuda das equipes mundo afora.

Aluna da UFU Mariana Milena descobriu um asteroide e foi reconhecida pela Nasa — Foto: Mariana Milena/Arquivo

Mariana diz se lembrar de uma cena que transformou a vida dela: sentada na sala de casa, viu pela TV um homem alto, de cabelos brancos e suéter segurando um pequeno aparelho com uma maçã na parte de trás.

Era Steve Jobs, apresentando as maravilhas do primeiro iphone para o mundo.

Diante da cena, a jovem, à época apenas uma criança, diz ter começado a se interessar ainda mais por descobrir como as coisas do mundo funcionavam.

Mulheres como referência

Se antes, a imagem de Jobs resumia a figura de cientista que vinha à mente de Mariana, hoje, três grandes mulheres servem de inspiração para os seus feitos, que começam a serem traçados na engenharia mecatrônica e na astronomia:

Augusta Ada Byron King, a precursora do algoritmo, Jaqueline Goes, que mapeou o vírus da Covid-19 em apenas 48h, e Marie Curie, uma das maiores referências em áreas da química e física.

“A ciência, com certeza, mudou a minha vida e minhas perspectivas. Só de falar me dá uma felicidade. É uma das coisas que mais me motiva. Hoje eu estou com 5 asteroides detectados, muito do que eu faço hoje é por outras pessoas, principalmente por outras meninas”, conta.

Hoje, Mariana concilia os estudos de engenharia mecatrônica com a paixão pela astronomia e um perfil nas redes sociais, onde compartilha novidades científicas.

Mesmo inspirada pelo trio das mulheres pesquisadoras, o batismo do primeiro asteroide descoberto por ela será uma homenagem caseira: ele levará o nome da mãe, Walkiria, que, segundo a jovem, foi a sua primeira referência.

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