A Serra do Salitre, até metade do século passado era distrito do município de Patrocínio, maior produtor de café arábica do Brasil. A cidade está prestes a presenciar o início da operação do complexo de produção de fertilizantes da Grupo EuroChem, os trabalhos da planta começam no próximo dia 13, com a presença dos executivos da empresa.
Com investimentos são na casa de R$ 5 bilhões, o complexo vai adicionar um milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados por ano no agronegócio brasileiro, cerca de 15% da produção nacional deste insumo. Esta produção vai contribuir com a redução da dependência de importações do insumo, fortalecendo a competitividade da agricultura brasileira.
O Grupo EuroChem é um dos líderes globais do segmento de fertilizantes nitrogenados, fosfatados e potássicos, e atua no Brasil desde 2016, quando adquiriu 51% da Fertilizantes Tocantins, concretizando a aquisição total em 2020. Em 2022, o grupo adquiriu o controle acionário da Fertilizantes Heringer. São 21 fábricas, com capacidade de produção de 9 milhões de toneladas por ano. A empresa emprega cerca de 4 mil colaboradores, com a nova operação serão adicionados aproximadamente 1,2 mil novos empregos.
O projeto de mineração foi comprado em 2021 por US$ 450 milhões da norueguesa Yara Fertilizantes. A obra foi retomada em julho de 2022 pela EuroChem, que investiu cerca de US$ 500 milhões para concluir o empreendimento.
“Temos uma disponibilidade restrita de minerais que permitiriam uma maior produção de fertilizantes no Brasil. São poucas as minas de fosfato que são lavráveis e poucas as de potássio facilmente exploráveis. Então o custo de capital para novas plantas é alto e temos uma dependência de importação de 85% de todos os fertilizantes”, disse o diretor-presidente da empresa na América do Sul, Gustavo Horbach, ao site Poder360. Quando entrar em plena operação, o Complexo Mineroindustrial de Serra do Salitre (CMISS) produzirá desde o minério até o fertilizante pronto para o agricultor utilizar.
Assim, o completo conta com uma unidade de mineração moderna, construída com avançada engenharia e licenciada seguindo todas as exigências dos órgãos ambientais responsáveis. A unidade é responsável por retirar a rocha fosfática do solo e beneficiá-la, tornando-a matéria-prima para a produção do fertilizante: o concentrado fosfático.
Capacidade de produção:
1,2 Milhão de toneladas/ano de concentrado fosfático;
950 mil toneladas/ano de fertilizantes granulados;
1 Milhão de toneladas/ano de ácido sulfúrico;
250 mil toneladas/ano de ácido fosfórico.
Fonte: https://cerradonoticiasptc.com.br/artigo/complexo-gigante-inicia-producao-de-fertilizantes-este-mes-no-brasil