A construção de uma nova ferrovia que sairia de Patrocínio, tem despertado grande interesse no Espírito Santo.
Com uma extensão de cerca de 450 km, a linha férrea promete conectar a cidade com Sete Lagoas/MG, passando pelo Corredor Centro-Leste Brasileiro e melhorando o acesso aos portos capixabas. O projeto é estratégico para o Espírito Santo, especialmente para melhorar o escoamento de cargas agrícolas e industriais do interior de Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.
A Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) e o governo capixaba têm pressionado o Governo Federal para que o projeto saia do papel, enfatizando a importância da ferrovia para a expansão da capacidade de movimentação dos portos locais. Durval Vieira de Freitas, CEO da DVF Consultoria, reforça que a implementação do contorno da Serra do Tigre (que fica no município de Abaeté/MG) é fundamental para aumentar a capacidade logística do Espírito Santo. Segundo ele, “o contorno vai permitir que o volume de carga saltar de 7 milhões para 20 milhões de toneladas anuais, atraindo novas indústrias agrícolas e de beneficiamento de produtos como soja e milho.”
O presidente da Findes, Paulo Baraona, acrescenta que o investimento na ferrovia é crucial não só para o escoamento da produção, mas também para atrair novos negócios para o estado. Ele destaca que o trecho vai aprimorar a infraestrutura do Corredor Centro-Leste, facilitando a conexão entre o interior do Brasil e os portos capixabas.
A ferrovia também visa solucionar desafios operacionais da Serra do Tigre, onde o trajeto atual, com várias inclinações e curvas fechadas, limita a velocidade dos trens a 16 km/h. Com a nova linha, a velocidade pode aumentar para 60 km/h, reduzindo distâncias e custos logísticos.
A expectativa é que a nova ferrovia beneficie tanto Minas Gerais quanto o Espírito Santo, consolidando o Corredor Centro-Leste e promovendo um salto na movimentação de cargas agrícolas e industriais na região.